Prontidão para a aprendizagem

Alunos - Indicador de Prática

Essência

Esse indicador mede até que ponto os alunos estão de fato preparados, presentes e motivados para aprender, avaliando suas  habilidades cognitivas e socioemocionais quando ingressam no ensino fundamental.

Indicador

Pontuação média de desenvolvimento das crianças.  Esse indicador é  desagregado por gênero e localização urbana/rural. A pontuação média também é  desagregada por tipo de habilidades, que incluem aritmética, escrita e leitura, função executiva e habilidades socioemocionais.

Histórico

Uma das principais causas da baixa aprendizagem é o fato de que muitas crianças chegam à escola sem habilidades fundamentais (ou capacidades/competências) para aprender. Fatores como desnutrição, doenças e baixos níveis de estimulação na primeira infância, associados à pobreza, prejudicam a aprendizagem na primeira infância (Lupien et al., 2000; McCoy et al., 2016; Walker et al., 2007). As privações nos primeiros anos de vida têm efeitos duradouros porque prejudicam o desenvolvimento cerebral dos bebês (Coe et al., 2007; Garner et al., 2012; Nelson, 2016). Mesmo em uma boa escola, crianças carentes aprendem menos. Além disso, interromper trajetórias de aprendizagem mais baixa torna-se mais difícil na medida em que essas crianças crescem, visto que o cérebro se torna menos maleável (Banco Mundial 2018). Assim, sistemas de educação de má qualidade tendem a amplificar essas diferenças iniciais. Em contrapartida, uma programação de alta qualidade na primeira infância tem se mostrado uma ferramenta poderosa para chegar até as crianças mais carentes e ajudá-las a alcançar seus pares.

Há muitas medidas de resultado que descrevem o nível de preparação dos alunos para aprender quando ingressam na escola. Merecem destaque os domínios cognitivos e os domínios socioemocionais. Cognição refere-se aos processos pelos quais o conhecimento é adquirido e manipulado e inclui habilidades como memória, resolução de problemas e habilidades analíticas (Damon, Kuhn, & Siegler 1998). Habilidades socioemocionais referem-se à capacidade das crianças para regular suas interações sociais e reações emocionais. Ambas as habilidades variam significativamente em todo o espectro de renda. Há muita variação nos resultados de desenvolvimento nos países por níveis de renda familiar, com lacunas significativas de desenvolvimento entre crianças ricas e pobres em países de alta renda e países de renda baixa e média. Da mesma forma, crianças em situação de pobreza são mais propensas a ter seu desenvolvimento de autorregulação, bem como outras habilidades socioemocionais importantes, interrompidas por ambientes imprevisíveis e níveis sustentados de estresse.

Pesquisa escolar

Instrumento Usado na Medição

  • Pesquisa de funcionários públicos
  • Fonte de dados existente
  • Pesquisa de política
  • Pesquisa escolar

Abordagem de Medição

Uma pequena avaliação direta é  aplicada a  três  crianças do 1º ano em cada escola. Com base na consulta a especialistas e na análise psicométrica dos itens da GECDD baseados nas pesquisas do projeto MELQO (Medindo a Qualidade e os Resultados da Aprendizagem Precoce),  a equipe do GEPD  produziu uma avaliação que inclui um total de 166 exercícios. São  sete  exercícios de escrita e leitura, cinco  de aritmética, dois de  funcionamento executivo e  dois  de habilidades socioemocionais. Por exemplo, para avaliar um vocabulário expressivo, pergunta-se às crianças:

  • Diga tantas coisas quantas puder que você consegue comer
  • Diga-me os nomes de todos os animais que você conhece

Fontes do Instrumento

Base de Dados Global de Desenvolvimento na Primeira Infância (GECDD)/ Instrumento do MELQO